OS REFLEXOS DO PRONAF EM COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE BEQUIMÃO - MA.
Pronaf. Comunidades Quilombolas. Racismo Institucional.
Um dos maiores problemas do Brasil está na distribuição desigual de riquezas junto à sociedade. Tais discrepâncias parecem ganhar corpo no âmbito rural, onde as desigualdades se tornam mais evidentes. Considerando que a grande produção no setor agrícola conduzida por uma elite econômica faz parte há muito tempo da sociedade, esse movimento desigual provém do cenário decorrente da ação diferenciada espacial e temporal do capital, em que a produção familiar e a capitalista assumem lados opostos. Fundamentado em Weber e Marx que definem Estado sendo uma comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força física dentro de um determinado território, o Estado está longe de ser resultado de um contrato social ou a corporificação da vontade popular democrática, tampouco representa o ápice da racionalidade. Para além, o racismo não é resíduo de uma sociedade escravista superada pelo capitalismo, porém um lastro do próprio capitalismo, diante disso, chegamos ao objetivo geral desse trabalho que esteve relacionado a uma análise dos reflexos da inserção dos projetos financiados pelo Pronaf nas comunidades quilombolas de Bequimão. Os objetivos específicos incluíram uma compreensão sobre a relação do Pronaf com a segurança alimentar nas comunidades quilombolas investigados; uma avaliação das mudanças socioeconômicas nas comunidades que contrataram os créditos do programa; e uma avaliação do papel do Estado na implementação de políticas públicas garantam a segurança alimentar e as territorialidades de comunidades quilombolas. Quanto a metodologia o presente trabalho tem caráter exploratório. O levantamento das informações foi realizado através da pesquisa quali-quantitativa, com aplicação de entrevistas do tipo semiestruturado e observação participante.