QUESTÃO AGRÁRIA E A LUTA PELA TERRA: organização e resistência do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Maranhão sob o neoliberalismo
Questão agrária; Organização e resistência; Neoliberalismo.
Este trabalho analisa a relação da questão agrária com as lutas sociais pela terra, e possui como referência empírica o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST. O estudo reflete a relação entre as categorias questão agrária e “questão social”, evidenciando as expressões dessa relação no âmbito do estado do Maranhão, sob a égide da ideologia neoliberal, onde o capital se desenvolve no campo incutindo configurações cada vez mais complexas da questão agrária. Esta discussão, explicita a expansão e consequências do agronegócio no Brasil no estado mencionado, bem como, as formas em que Movimentos, como o MST, organiza-se e trava suas lutas nesse contexto de regressão dos direitos historicamente conquistados. Frente a isso, esta exposição elenca os resultados da pesquisa que foi norteada pela questão: Quais as formas de organização e resistência do MST no Maranhão sob a égide do neoliberalismo?No que refere aos aspectos metodológicos, utilizamos como método o materialismo histórico dialético, seguido de uma abordagem qualitativa e uma pesquisa empírica nos espaços do MST. Como técnicas auxiliares utilizamos a observação direta, registros fotográficos, gravações em áudio e uma exploração do referencial bibliográfico, documental e base de dados, como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e a Comissão Pastoral da Terra – CPT. A reflexão evidenciou que o neoliberalismo tornou-se basilar para o avanço do agronegócio e dos intitulados grandes projetos, que estimularam profundas transformações no campo maranhense, como acirramento dos conflitos fundiários e da exploração nas relações de trabalho, exigindo do campesinato rearticulações e retomada da luta pela terra, com estratégias diversas, como importante meio de garantir o acesso a terra e a produção da existência material