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A EDUCAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS E O CURRÍCULO DO SEGUNDO ANO DO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: uma análise das rotinas pedagógicas
Educação para as relações étnico-raciais; Currículo; justiça curricular; Lei 10.639/03
Este texto de qualificação, apresentado ao Programa de Pós-Graduação Mestrado Profissional em Educação, da Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, dentro da Linha de Pesquisa Formação de Professores e Práticas Educativas, traz como objetivo analisar os discursos sobre a educação para as relações étnico-raciais produzidas para o processo de alfabetização do segundo ano do Ensino Fundamental em uma escola da rede pública municipal de São Luís - MA, a partir da análise das rotinas pedagógicas dos componentes curriculares de Língua Portuguesa, História, Ensino Religioso e Ciências dessa etapa de ensino. As discussões realizadas neste trabalho perpassam pelas temáticas da Educação para as relações-étnico raciais, educação antirracista, cultura negra, currículo e justiça curricular. Dentre os referenciais teóricos utilizados na elaboração destas discussões, destacamos: Gomes (2005, 2010, 2012), Gonçalves e Silva (2004, 2013), Cavalleiro (2001), Regis (2012, 2014, 2016), Apple (2013), Arroyo (2007, 2013), Moreira (2007, 2013), Silva (1995, 2010, 2013), Santomé (2013, 2016), Ponce (2018), Ponce e Neri (2015, 2017), dentre outros autores, além dos documentos que normatizam os processos educativos pautados na educação das relações étnico-raciais. Quanto à metodologia, trata-se uma pesquisa qualitativa, pautada nos Estudos Culturais, em uma perspectiva pós-estruturalista. O método de procedimento utilizado é a pesquisa documental. Já o universo da pesquisa é composto por três salas de aula do segundo ano do ciclo de alfabetização de uma escola da rede municipal de São Luís que está localizada no bairro da Liberdade, que juntamente com a Camboa, Fé em Deus e Diamante, constituem a região que foi intitulada pela Fundação Palmares como Quilombo Urbano. Ao final do estudo pretendemos trazer discussões acerca da construção de uma educação antirracista, que valorize a diversidade étnica do espaço escolar, com a construção de um currículo que considere a perspectiva da justiça curricular e que dê voz a cada um dos sujeitos que o constituem.