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ALANA ELLEN DE SOUSA MARTINS
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TAXONOMIA DE Hemerodromia MEIGEN, 1822 (DIPTERA, EMPIDIDAE, HEMERODROMIINAE) DO ESTADO DO MARANHÃO COM DESCRIÇÃO DE SEIS ESPÉCIES NOVAS E NOVOS REGISTROS
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Data: 27/02/2023
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Após analisar 182 espécimes de Hemerodromia, foram identificadas seis espécies novas, H. fapema, sp. nov., H. gurupi, sp. nov., H. joanae, sp. nov., H. maranhensis, sp. nov. H. rafaeli, sp. nov. e H. rectlinea, sp. nov.; além de dois registros novos: H. brevicercata Câmara, Takiya, Plant & Rafael e H. cercusdilatata Câmara, Plant & Rafael. As espécies novas são descritas e ilustradas aqui; uma chave de identificação para as espécies encontradas é apresentada.
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AMANDA KATLY MACHADO DE ALBUQUERQUE
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PROPORÇÃO DE ZYGOPTERA / ANISOPTERA (INSECTA: ODONATA) COMO FERRAMENTA PARA AVALIAR MUDANÇAS ANTRÓPICAS EM RIACHOS DO CERRADO
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Data: 28/02/2023
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Os ecossistemas aquáticos estão entre os ambientes que mais sofrem com os impactos antrópicos. A detecção e a mensuração rápida desses impactos são de grande importância para a manutenção desses ambientes. A ordem Odonata tem se destacado como um importante bioindicador de qualidade ambiental, devido sua sensibilidade as alterações ambientais, bem como, em virtude de suas exigências ecofisiológicas que as torna muito associadas com as condições de habitats. O objetivo desse trabalho foi avaliar se a razão Zygoptera/Anisoptera pode ser utilizada como uma ferramenta eficaz para avaliar as mudanças antrópicas em riachos do Cerrado. Nossa hipótese é que a proporção de Zygoptera/Anisoptera é uma ferramenta eficiente para medir alterações ambientais nos riachos do Cerrado e que em ambientes mais íntegros haverá uma relação positiva com a abundância e riqueza de espécies de Zygoptera, por outro lado, em ambientes menos íntegros haverá uma relação positiva com a abundância e riqueza de espécies de Anisoptera. O trabalho foi desenvolvido no Bioma Cerrado na mesorregião leste do estado do Maranhão, aonde foram coletados indivíduos adultos de Odonata em 44 riachos, utilizando uma rede entomológica do tipo “puçá” através do protocolo de varredura de áreas fixas, utilizando um transecto de 100m. Foi aplicado o Índice de Integridade de Habitat (IIH) para verificar a integridade do ambiente. Foram coletados 1430 espécimes, distribuídos em quatro famílias, 28 gêneros e 75 espécies. Os táxons mais abundantes foram Argia reclusa Selys, 1865 e Acanthagrion gracile (Rambur, 1842) para Zygoptera e Perithemis lais (Perty, 1834) e Erythrodiplax basalis (Kirby, 1897) para Anisoptera. A nossa hipótese de que a proporção de Zygoptera/Anisoptera é um parâmetro eficiente para medir impactos antrópicos em ecossistemas aquáticos foi corroborada. Assim, observamos que à medida que aumenta a integridade de habitat há um aumento na proporção de riqueza e abundância de Zygoptera e uma redução nesses parâmetros na subordem Anisoptera. Nossos resultados indicam que se a proporção de abundância e riqueza de Zygoptera for maior ou igual a 68% e 58%, respectivamente, os riachos serão considerados conservados e em riachos com proporção de abundância e riqueza de Anisoptera maior que 31% e 41%, respectivamente, serão considerados alterados. Por se tratar de uma distribuição binomial (não-linear) observamos que não há valores fixos de mudança na proporção, por exemplo, com o aumento de uma unidade de IIH ocorre o incremento de aproximadamente 9 indivíduos e 6 espécies de Zygoptera e uma redução na mesma proporção de Anisoptera, no entanto essa mudança vai diminuindo em com o aumento do limiar de integridade. Os padrões detectados no Cerrado foram semelhantes aos encontrados nos estudos do Bioma Amazônico e da Mata Atlântica, confirmando a eficácia desse método avaliar mudanças nas proporções das subordens em ambientes com gradiente de integridade. Concluímos, que a razão Zygoptera/Anisoptera pode ser usado com um aliado para gerar dados de estudos de monitoramento rápidos, de baixo custo e de fácil aplicação, possibilitando o desenvolvimento de medidas de mitigação, controle e conservação de ambientes ameaçados como o registrado no Bioma Cerrado.
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ANANDA SANTOS FREITAS
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ANÁLISE ESPACIAL E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA INFECÇÃO LATENTE POR MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS ENTRE PROFISSIONAIS DA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE DE CAXIAS-MA
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Data: 23/01/2023
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Apesar de ser uma doença tratável e curável, a tuberculose ainda constitui um grave problema de saúde pública e continua sendo a principal causa de morte por doença infecciosa entre adultos em todo o mundo. Entre os grupos de risco para essa infecção estão os profissionais da área da saúde, um dos grupos mais vulneráveis, pois mesmo que não apresentem sintomas podem estar infectados pela forma latente. Deste modo o estudo tem como objetivo: avaliar a distribuição espacial e o perfil epidemiológico da infecção latente por Mycobacterium tuberculosis entre profissionais da atenção primária à saúde da cidade de Caxias-MA. Assim, desenvolveu-se uma pesquisa transversal, descritiva com abordagem quantitativa em 27 Unidades Básicas de Saúde da cidade de Caxias-MA no período entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, com uma amostra de 287 profissionais de saúde da atenção primária. Para identificação da tuberculose latente, realizou-se o Teste Tuberculínico (TT), cujo resultado foi determinado pela leitura do endurado maior ou igual a 5mm entre 48 a 72 horas após aplicação. A análise dos dados ocorreu no software estatístico SPSS versão 22.0 e a análise espacial realizada com o software QGIS versão 3.22. A prevalência da tuberculose latente na população estudada foi de 30,7%. De acordo com a distribuição por categorias dos profissionais de saúde segundo o ponto de corte da TT (≥ 5 mm), observou-se que 36,1% (48), 30,4% (21) e 19,4% (6) daqueles que apresentaram resultado positivo eram ACS, técnicos/auxiliares de enfermagem e enfermeiros, respectivamente. Ter recebido algum treinamento ou capacitação sobre tuberculose foi a única característica associada ao resultado positivo da TT (p=0,008) em comparação aos que não receberam. Para cerca de 30,4 % dos casos reatores, este foi o primeiro contato com o exame. Ademais, ser portador de alguma doença crônica (p=0,713) e hábitos como etilismo (p=0,858) ou tabagismo (p=0,521) não representaram fatores de risco estatisticamente significativos para resultados de prova tuberculínica positiva. Quanto a distribuição espacial a tuberculose latente, mostrou-se predominante nas UBS localizadas na zona central, leste e oeste, respectivamente. Os achados da presente pesquisa, fornecem informações relevantes para as equipes especializadas em medicina do trabalho, o que pode estimular o uso da TT como uma ferramenta de biossegurança, voltada a instituição de medidas e identificação de infecções ligadas a questão ocupacional.
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ANDRÉIA PEREIRA DOS SANTOS GOMES
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ADESÃO AO TRATAMENTO DA HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E RASTREIO DE DIABETES MELLITUS
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Data: 28/02/2023
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Introdução: as doenças cardiovasculares, o câncer, o diabetes mellitus e as doenças respiratórias crônicas representam as principais doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), estas são responsáveis por aproximadamente 70% das mortes no planeta. Considerando o alto risco para esses indivíduos, os atendimentos presencias nos serviços públicos de saúde foram adaptados conforme a estratificação de risco e a condição clínica do paciente. Objetivo: analisar a adesão ao tratamento da hipertensão arterial sistêmica, com o uso do instrumento QATHAS - Questionário de Adesão ao Tratamento da Hipertensão Arterial Sistêmica, rastreando e identificando o conhecimento sobre diabetes mellitus neste grupo de participantes. Método: estudo transversal, analítico, com abordagem quantitativa, desenvolvido em parceria com 9 equipes de saúde da família, e uma amostra de 128 participantes. Os instrumentos de coleta de dados foram: o QATHAS, Finnish Diabetes Risk Score (FINDRISC) e Diabetes Attitude Questionnarie (ATT-19). Neste estudo foi utilizado o nível de confiança usual de 5% (0,05). Para tabulação e organização dos dados foi utilizado o programa Microsoft Excel 2016, e para análise estatística o programa Statistical Package for Social Science for Windows (SPSS) versão 22. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. E todos os participantes assinaram um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Resultados: identificou-se com o QATHAS que 38% dos participantes atingiram o nível 90 e 36% o nível 100. Observou-se nas médias de Índice de Massa Corpórea (IMC) e circunferência abdominal dos participantes sobrepeso e acúmulo de gordura abdominal (principalmente nas mulheres). Identificou-se que a mediana de glicemia se manteve acima de 150mg/dl enquanto a meta para as pessoas em tratamento, embora seja individualizada, costuma ser inferior a 150mg/dl. Foi possível correlacionar dentro do público feminino uma adesão positiva em relação ao tratamento medicamentoso anti-hipertensivo e o controle das taxas de glicemia. Com o uso do FINDRISC foi possível verificar uma associação estatisticamente significativa entre a escolaridade e o risco de diabetes. Com o ATT-19 foi verificada uma significância estatística para a diferença entre as proporções de atitude, sendo a atitude negativa mais predominante. Conclusão: identificou-se adesão mediana ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso para hipertensão arterial sistêmica, como também que o baixo nível de escolaridade é fator predisponente, com aumento do risco de o indivíduo com hipertensão arterial sistêmica desenvolver diabetes mellitus. Além disso, os participantes com hipertensão arterial sistêmica associada a diabetes mellitus, tem uma dificuldade em conviver com a doença, ou seja, uma atitude negativa. Os resultados apresentados apontam para um esforço adicional das equipes da estratégia saúde da família no acolhimento, manejo e vínculo com esse público.
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ANTÔNIA FERNANDA LOPES DA SILVA
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ANÁLISE FITOQUÍMICA E POTENCIAL ANTIMICROBIANO DE EXTRATOS E FRAÇÕES DE Brosimum gaudichaudii Trécul FRENTE A BACTÉRIAS DE IMPORTÂNCIA CLÍNICA
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Data: 02/02/2023
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As plantas medicinais constituem um arsenal de produtos com diferentes potenciais a serem explorados. São bastante utilizadas como terapia alternativa e complementar para diversos problemas de saúde, tornando-se ainda, a primeira opção para assistência à saúde. O objetivo deste trabalho foi analisar o potencial antimicrobiano do extrato etanólico foliar e frações de Brosimum gaudichaudii (Moraceae) frente às bactérias de importância clínica. Para tanto, foram utilizados extratos secos e frações da folha e casca do caule contra cepas bacterianas de padrão ATCC, Escherichia coli, Klesbsiella pneumoniae, Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Os extratos foram obtidos por maceração em etanol, seguindo a metodologia descrita na Farmacopeia Brasileira. Após a obtenção dos extratos, seguiu-se para o fracionamento, obtendo as frações bruta, hexânica, clorofórmica, acetato de etila e hidrometanólica. Em seguida, foi realizada a triagem fitoquímica nas frações obtidas, sendo posteriormente submetidas aos testes de susceptibilidade in vitro utilizando a metodologia de disco difusão. Para a realização dos testes de susceptibilidade foi obtida uma suspensão bacteriana ajustada a 0,5 na escala de MacFarland. Posteriormente foi realizada a semeadura em placas de petri contendo ágar Muller Hinton. Os discos foram impregnados contendo 15μL dos extratos nas concentrações de 10, 25, 50 e 100mg/mL, utilizando, como controle positivo, o antibiótico ciprofloxacino e, como controle negativo, o DMSO 10%. O diâmetro dos halos de inibição foi medido com auxílio de um halômetro sobre o fundo da placa. Nos resultados da triagem fitoquímica foram constatadas a presença de uma variedade de metabólitos secundários, tais como flavonoides, esteróides, saponinas, alcaloides, taninos e cumarinas. As frações dos extratos demonstraram atividade inibitória para três bactérias testadas. O halo de inibição variou de 8±0,00 a 14±0,00 mm para K. pneumoniae, 8±0,00 a 10±0,00 mm para P. aeruginosa e 8±0,00 a 9±0,00 mm para S. aureus. Dentre as frações testadas, a fração acetato de etila, tanto do caule quanto da folha, apresentou melhor potencial de inibição. Isso aponta que as frações dos extratos vegetais de Brosimum gaudichaudii Trécul apresentam potencial antimicrobiano. Sendo assim, sugere-se que seja realizado o isolamento dos metabólitos presentes nesta fração para delimitar os principais compostos responsáveis pela ação antimicrobiana.
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CLAUDESON DE OLIVEIRA VELOZO
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MELASTOMATACEAE NOS ESTADOS DO MARANHÃO E PIAUÍ, BRASIL: diversidade, endemismo e distribuição
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Data: 27/02/2023
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Os avanços no conhecimento sobre a real diversidade da flora brasileira, ainda são desafiadores. Esse fato pode ser explicado pela vasta extensão territorial do país, por lacunas de informações sobre vários grupos botânicos e pela necessidade de investimentos em projetos de pesquisas e na formação de recursos humanos especializados. Visto isso, a pesquisa objetivou analisar a riqueza, endemismo e distribuição de Melastomataceae nos estados do Maranhão e Piauí. Para a realização do checklist foram utilizados registros de coleta dos repositórios online de dados GBIF, Specieslink, Reflora e Sibbr. Esses registros passaram por um tratamento que envolveu separação dos registros em válidos e inválidos, além de realizar verificações ortográficas, nomenclaturais, padronização de coordenadas, data de coleta, citação de coletores e especialistas que determinaram a identificação do material. Os registros validados foram utilizados para compor o checklist, selecionando-se para cada espécie um voucher. Em relação a distribuição, plotou-se os registros em um arquivo .shp dos estados no software QGIS e a análise se deu por geoprocessamento. Já em relação ao status de conservação, esse foi realizado para as espécies endêmicas de Melastomataceae ocorrentes nos estados do Maranhão e Piauí com o auxílio do manual para uso da lista vermelha da IUCN. Realizou-se também uma modelagem de nicho ecológico (ENM) no ambiente R com uso do pacote ENMTML. Como resultado, foram obtidos um total de 4777 registros de coleta. Após o tratamento dos dados, quanto as questões taxonômicas e geográficas restaram 2486 registros válidos, representando 137 espécies, agrupadas em 26 gêneros. Do total de espécies registradas na pesquisa, 49 são novos registros para o Maranhão ou Piauí. As regiões Norte e Sul (Sudoeste no Piauí) apresentaram os maiores números de coleta e espécies, essas coletas e espécies concentram-se principalmente no domínio Cerrado em detrimento de Amazônia e Caatinga. Com isso, 17 espécies tiveram seus status de conservação verificados, sendo que três foram categorizadas como “Menos preocupante”, oito “Quase ameaçada”, três “Vulnerável”, três “Em perigo”. Em relação a modelagem, as espécies demonstraram possuir uma alta adequabilidade climática, com suas respectivas especificidades. Portanto, a pesquisa mostrou-se relevante, pois, revelou a riqueza de espécies que os estados e a região possuem, demonstrou como isso pode estar aplicado na diversidade de táxons na família, nas regiões dos estados, na vegetação, no domínio fitogeográfico e no endemismo. Também contribuiu com novos dados sobre a conservação e distribuição de algumas espécies endêmicas de Melastomataceae. Por fim, espera-se que os resultados obtidos sirvam de base para futuras pesquisas botânicas de cunho taxonômico, ecológico e de conservação tanto nos estados do Maranhão e Piauí quanto na região Nordeste e no Brasil.
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DIEGO COSTA DE SOUSA
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EFICIÊNCIA DO USO DE GÊNEROS E FAMÍLIAS DE HETEROPTERA NO BIOMONITORAMENTO DE RIACHOS DO CERRADO NO LESTE MARANHENSE
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Data: 23/03/2023
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Os Heteroptera são insetos aquáticos que respondem a alterações ecológicas, detectam mudanças ambientais que podem ser mensuradas com métricas, como por exemplo o Índice de Integridade de Habitat (IIH). Este trabalho tem como objetivo avaliar quais níveis taxonômicos podem ser mais eficientes na avaliação dos impactos ambientais. Testando as seguintes hipóteses: i. os táxons mais altos de Heteroptera apresentarão congruência com táxon mais baixo; ii. a integridade ambiental dos riachos afetará a composição de famílias, gêneros e espécies e criará pontos de mudança na abundância e na frequência de cada táxon. A pesquisa foi realizada em 30 riachos, aplicando IIH. A captura dos insetos foi realizada com o uso de uma peneira e rapiché, em um transecto de 100m. Para a obtenção dos dados, uma Análise de Componentes Principais (PCA) foi usada para avaliar a variação das condições de integridade entre os riachos e também para realizar a ordenação do IIH final de cada unidade amostral. Para avaliar a variação na composição da comunidade foi utilizada uma Analise de Coordenadas Principais (PCoA). Para testar a hipótese i. foi utilizada a análise de Procrustes. Para testar a hipótese ii. a identificação dos pontos de mudança das comunidades de família, gênero e espécie em resposta ao gradiente, foi utilizado a Análise de Taxa do Indicador de Limite TITAN. Foram coletados 2.165 indivíduos de duas infraordens (Gerromorpha e Nepomorpha) distribuídos em oito famílias, 20 gêneros e 36 espécies. Em relação ao IIH, 11 riachos são preservados com IIH entre 0.50 a 0.69 e percebe-se que os pontos amostrais estão bem distribuídos ao longo do gradiente em todos os níveis taxonômicos. O grau de congruência foi alto (acima de 78%), independente da resolução utilizada. Os pontos de mudanças para espécie ocorrem entre 0.44 (fsumz-) e 0.54 (fsumz+) de integridade, já para gênero foi entre 0.54 (fsumz-) e 0,48 (fsumz+) e família entre 0.44 (fsumz-) e 0.50 (fsumz+). As comunidades de Heteroptera são afetadas pela integridade do ambiente, pois mostram sensibilidade do grupo aos impactos antrópicos. Belostoma sp e Ranatra williamsi são indicadoras negativas e Stridulivelia tersa indicadora com respostas positivas. Para os gêneros, Limnogonus, Martarrega e Ranatra apresentaram respostas negativas ao gradiente e Cylindrostethus, Stridulivelia e Limnocoris com respostas positivas. Em família, Belostomatidae mostrou respostas negativas e Veliidade resposta positiva ao gradiente. Este estudo mostra que o IIH é uma importante ferramenta para avaliar a estrutura ambiental de riachos no Leste Maranhense, pois houve a seleção de métricas, como padrão de uso da terra além da zona de vegetação ribeirinha IIH1, e estrutura do barranco do rio IIH7, indicadoras da estrutura do ambiente, onde são essenciais para composição de Heteroptera nos ecossistemas aquáticos. O uso de Heteroptera como indicadores de ambientes aquáticos realizados em ótica de maior nível taxonômico, são úteis na realização de estudos de impactos, tornando as pesquisas mais eficientes, de custos baixos e trazendo informações precisas, do mesmo modo que se utiliza espécies.
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FRANCISLEIA FALCÃO FRANÇA SANTOS SIQUEIRA
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ANÁLISE DA ATIVIDADE DE APITOXINA SOBRE CEPAS DE LEVEDURAS DOS GÊNEROS CANDIDA E CRYPTOCOCCUS DE IMPORTÂNCIA EM SAÚDE PÚBLICA
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Orientador : FRANCISCO LAURINDO DA SILVA
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Data: 23/03/2023
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Infecções fúngicas têm sido um problema de saúde mundial, estimando-se que mais de 300 milhões de pessoas sofrem com infecções fúngicas severas a cada ano. Dentre os principais causadores dessas infecções destacam-se as espécies do gênero Candida e Cryptococcus que tem representado grande desafio clínico devido às dificuldades de diagnóstico e tratamento destas infecções. O objetivo foi analisar a atividade da Apitoxina frente às cepas ATCC de Candida albicans, Candida tropicalis, Candida krusei, Candida parapsilosis e Cryptococcus neoformans de importância em saúde pública. A apitoxina foi obtida de abelhas pertencentes à espécie tipo Apis mellifera scutella Lepeletier (Abelha africanizada). Para determinação da atividade antifúngica foi utilizado o método de difusão em disco com diferentes concentrações da apitoxina. Nas concentrações de 50 μg.mL–1 e 100 μg.mL–1, o veneno apresentou atividade inibitória de forma dose-dependente sobre todas as cepas testadas, com zona de inibição variando entre 8,67±1,15 – 9,33±0,58 mm para a concentração de 50 μg.mL–1 e 10,33±0,58 – 16,00±5,29 mm para 100 μg.mL–1. Foi feita a modulação da Apitoxina com antifúgicos padrões frente as leveduras do gênero Candida e Cryptococcus. Além disso, foi realizados testes da atividade hemolítica. Na concentração 8 μg.mL–1, o veneno apresentou atividade fungicida para Cryptococcus. E nas concetraçoes, 128, 32, 32 e 64μg.mL–1, respectivamente, para Candida albicans, C. tropicalis, C. krusei e C. parapsilosis. Os resultados alcançados mostram indícios de que a Apitoxina deve ser estudada de forma mais minuciosa como uma possível alternativa terapêutica no combate às infecções fúngicas causadas por determinadas espécies de leveduras do gênero Candida e pela espécie Cryptococcus neoformans.
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JOÃO HERIBERTO DE OLIVEIRA
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PADRÃO DE MUDAS, PLUMAGENS E IDENTIFICAÇÃO DA IDADE DE Antilophia bokermanni COELHO & SILVA, 1998 (AVES, PIPRIDAE)
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Data: 28/03/2023
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A identificação das estratégias e dos ciclos de mudas de penas são de grande importância para determinar a idade e o sexo das aves, e estes por sua vez permitem obter conhecimentos acerca da sua ecologia e dinâmica populacional. O presente estudo teve como objetivo descrever os padrões de mudas e a sequência de plumagens de Antilophia bokermanni, em busca de parâmetros morfométricos e qualitativos para apontar sua idade e sexo. As aves foram capturadas com redes de neblina de abril/2021 a setembro/2022, em três localidades no município de Crato, Ceará. Foi utilizado o sistema proposto por Wolfe, Ryder e Pyler (molt-based ageing system, WRP) para definição dos ciclos de mudas, e testes de Kruskal-Wallis e Mann-Whitney para averiguar diferenças morfométricas de asa, cauda, tarso e peso. Cada indivíduo recebeu um código de idade equivalente ao seu ciclo de muda, e os ciclos foram determinados de acordo com o início de uma muda pré-básica e outra. Foram definidos códigos de ciclo para 103 indivíduos, e 12 categorias de idade foram identificadas na população amostrada. Antilophia bokermanni foi determinado como tendo uma Estratégia Básica Complexa (EBC), com uma muda pré-formativa parcial em seu 1º ciclo e mudas pré-básicas de extensão completa. A muda de penas teve maior frequência ao final do período reprodutivo (com pico em fevereiro) e raramente se sobrepôs à reprodução. A FCJ (primeira plumagem juvenil) apresentou-se com penas com cerdas mais espaçadas em todo o corpo, de cor verde e de menor qualidade. Essas penas foram substituídas até o terceiro mês de vida por uma muda pré-formativa (FPF, primeira muda pré-formativa), gerando uma plumagem formativa (FCF). A FCF foi identificada por meio do limite de mudas entre as grandes coberteiras, e retrizes com formas pontiagudas, além de algumas penas discretamente avermelhadas no dorso e na cabeça em machos. A SPB (2ª muda pré-basica), em machos, gerou uma plumagem com penas avermelhadas no píleo e no dorso (formando um “V” nas costas). As fêmeas, a partir da SPB, apresentaram plumagem indistinguível das básicas subsequentes, enquanto os machos apresentaram a maturação da plumagem mais tardia, e somente quando atingiram o 4º ciclo – a partir daí o ciclo foi identificado como definitivo. Foram constatadas diferenças significativas nos caracteres morfométricos em nível de idade (entre o 1º e o 4º ciclo) para comprimento de asa (1.5 mm) e comprimento de cauda (4.9 mm), e em nível de sexo para comprimento de asa (♂ = 77,5 mm versus ♀ = 76,1 mm), cauda (♂ = 64,9 mm versus ♀ = 62,5 mm). Os resultados obtidos nesse estudo estabelecem uma ferramenta indispensável que garante a identificação segura e imediata da idade e sexo de Antilophia bokermanni, requisito básico para estudos demográficos, monitoramento populacional e programas de conservação.
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JOSÉ CARLOS DE CARVALHO ARRAES
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FLORÍSTICA, FITOSSOCIOLOGIA E SÍNDROME DE DISPERSÃO DO ESTRATO ARBÓREO-ARBUSTIVO DE TRÊS ÁREAS DE CAATINGA EM NÍVEIS DIFERENTES DE CONSERVAÇÃO NO PIAUÍ
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Data: 24/02/2023
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A caatinga tem sido explorada através de atividades agrícolas, pecuária, extrativista, indústrias ceramistas e gesseiras, bem como parques de energia eólica e solar, o que contribui ainda mais para o aumento das áreas degradadas. As mudanças florísticas, estruturais e de síndromes de dispersões das comunidades vegetais que passam por processos de sucessão ecológica, causados por ações antrópicas, são pouco conhecidas na caatinga, o que é proveniente do deficit de estudos comparativos dos parâmetros florísticos, fitossociológicos e de suas síndromes, o que gera a falta de dados na literatura e resultados, como também conhecimento e compreensão do desenvolvimento dessa vegetação diante de ações antropogênicas. A comparação de três áreas de caatinga, no aspecto florístico, fitossociológico e de sua síndrome de dispersão entre áreas em diferentes estágios de conservação, pode ajudar a compreender as mudanças que ocorrem na vegetação. Objetivou-se com a pesquisa comparar três áreas de caatinga, com diferentes níveis de conservação, para compreender as mudanças da vegetação diante de ações antrópicas. O estudo foi realizado em três áreas de caatinga com diferentes níveis de conservação, no município de Campinas do Piauí/PI, nas quais foram instaladas 34 parcelas de 10x10m. Nas unidades amostrais foram amostrados todos os indivíduos vivos arbóreo-arbustivos, com circunferência à altura do solo (CAS) ≥ a 10 cm e altura total (AT) ≥ 1,30 m. A análise morfológica do material botânico coletado foi realizada em laboratório, para identificação dos espécimes. Para as análises fitossociológica foram avaliados os parâmetros da estrutura horizontal e vertical das espécies: densidade absoluta (DA) e relativa (DR), frequência absoluta (FA) e relativa (FR), dominância absoluta (DoA) e relativa (DoR) e os índices do valor de importância (IVI) e de cobertura (IVC). A diversidade florística através do índice de Shannon Wiener (H’), equabilidadede Pielou (J), índice de similaridade de Jaccard (J’) e Sørensen. A distribuição diamétrica e hipsométrica foi realizada com intervalo de classe de 3 cm e 1m respectivamente. Para cada espécie identificada foi descrito o tipo de fruto e sua síndrome, de acordo com a dispersão de seus diásporos e bibliografia especializada. Foi feita uma análise do percentual da síndrome de dispersão das espécies de cada área, como também, uma análise de componentes principais (PCA), para destacar se existe diferença na representatividade das síndromes de dispersão entre as áreas. A partir dos parâmetros analisados, foram feitas comparações entre as áreas, no aspecto florístico, estrutural, de sua síndrome de dispersão, bem como seus índices, apontando suas principais diferenças e relações. A área I (25 anos de conservação) apresentou Índice de Shannon-Wiener (H´) e equabilidade de Pielou (J´) de 1,49 e 0,51 respectivamente, com 993 indivíduos, 18 espécies, 16 gêneros, 7 famílias, com densidade total de 2920,59. A área II (60 anos de conservação), com (H`) = 2,44 e (J´) = 0,73, apresentou 467 indivíduos, 28 espécies, 25 gêneros, 10 famílias, com densidade total de 1373,53. A área III (sem evidência antrópicas há 90 anos), com (H´) = 2,62 e (J´) = 0,73, com 705 indivíduos, 36 espécies, 31 gênero, 15 família e densidade total 2073,53. A família Fabaceae apresentou maior número de espécies, tipos de síndromes e frutos nas três áreas. A similaridade florística de Jaccard e Sørensen mostrou alta similaridade entre as áreas II e III, e baixa similaridade entre as áreas (I-II) e (I-III). A baixa riqueza encontrada para área I, como a baixa similaridade entre essa e as demais áreas, é uma clara evidencia da perturbação que essa vegetação sofreu. A dominância de espécies pioneiras e secundárias iniciais como (Croton blanchetianus, Cenostigma bracteosum, Mimosa tenuiflora, Combretum leprosum), nas áreas I e II, indicaram um menor grau de recuperação em relação a área III. As ações antrópicas afetam diretamente a estrutura e diversidade das espécies, com perda de diversidade e redução ou aumento da dominância para certos grupos de espécies. Em áreas de caatinga antropizada, o número de espécies e a densidade dos indivíduos variam com o tempo de conservação, sendo que para a primeira, isso acontece de forma crescente, à medida que as áreas são conservadas. Houve maior percentual da síndrome autocórica seguido por anemocórica e por último zoocórica. Os frutos mais comuns foram legume e cápsula. O percentual e a analises de componentes principais (PCA), mostraram representatividade das síndromes autocóricas e anemocóricas, que estão ligadas principalmente a área I. Apesar da menor representatividade as síndromes autocórica/zoocória e zoocórica apontaram afinidade com as áreas mais conservadas (II e III).
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JÚLIA SILVA OLIVEIRA
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MUDANÇAS CLIMÁTICAS EM AMBIENTES ABERTOS: REVISITANDO A DISTRIBUIÇÃO ATUAL PARA ENTENDER E ASSEGURAR O FUTURO DOS SQUAMATA PSAMÓFILOS DA DIAGONAL DE FORMAÇÕES ABERTAS DA AMÉRICA DO SUL
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Data: 30/01/2023
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Identificar regiões que contribuem para a persistência da biodiversidade, em cenários de mudanças climáticas, fornece informações básicas para a tomada de decisões sobre conservação em uma velocidade equivalente ao avanço da destruição. Nosso objetivo é (1) prever a distribuição potencial das espécies de Squamata psamófilos endêmicas da Diagonal das Formações Abertas (DOF) no cenário atual, (2) identificar áreas prioritárias de levantamento, (3) estimar os impactos das mudanças climáticas em dois cenários futuros de emissão de CO2 e (4) discutir estratégias para salvaguardar essas espécies-alvo. Criamos um banco de dados de ocorrências com base em dados de coleções biológicas e literatura científica. Usamos variáveis ambientais para os períodos atual e futuro, tanto em cenários otimistas quanto pessimistas para executar os modelos de distribuição potencial usando nove algoritmos; foram considerados apenas os modelos com TSS > 0,8. Elaboramos o modelo consensos considerando a média dos modelos individuais, e então elaboramos os mapas gerais de adequabilidade para cada cenário. Obtivemos modelos consensos de distribuição potencial com alto desempenho para todas as espécies e cenários. Apesar da comprovada equivalência com os registros de ocorrência da espécie, nosso estudo também indica áreas potenciais de ocorrência para os Squamata psamófilos da DOF que ainda precisam ser amostrados e são prioridade de levantamento para futuros inventários em regiões do Cerrado, Chaco, Mata Atlântica e Pampas. Em todas as projeções futuras, prevê-se que mudanças climáticas alterem a adequabilidade e promova mudanças na distribuição das espécies, modificando os padrões de riqueza dos Squamata psamófilos da DOF. Finalmente, demonstramos que as condições climáticas futuras podem diminuir a eficácia das áreas atuais na proteção da diversidade desses répteis. Nossos resultados destacam a vulnerabilidade dos Squamata psamófilos da Diagonal Seca da América do Sul às mudanças climáticas e fornecem informações cruciais sobre a necessidade de políticas públicas dinâmicas para conservação dessas espécies.
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LEANDRA MARIA DOS SANTOS CARDOSO
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Taxonomia de Viridigona Naglis, 2003 (Diptera: Dolichopodidae) da região Meio Norte do Brasil com a descrição de três espécies novas e novo registro
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Data: 28/02/2023
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Dolichopodidae é a quarta família de Díptera, em número de espécies formalmente descritas. Os dolicopodídeos estão amplamente distribuídos em todas as regiões zoogeográficas, exceto na Antártida. A família está representada por cerca de 8.063 espécies formalmente descritas em 290 gêneros e 19 subfamílias, sensu stricto, para o mundo. Para a Região Neotropical estão descritas cerca de 1.219 espécies, estas distribuídas em 77 gêneros em 13 subfamílias. Para o Brasil, estão descritas cerca de 219 espécies distribuídas em 31 gêneros e 11 subfamílias, incluindo Neurigoninae objeto deste estudo. Neurigoninae possui 220 espécies conhecidas pela ciência em 15 gêneros distribuídos em três tribos para o mundo: Coeloglutini, Dactylomyiini e Neurigonini; esta, representada por sete gêneros e 204 espécies, entre os quais está Viridigona Naglis, com 28 espécies descritas para a Região Neotropical, nove delas registradas para o Brasil. Este trabalho tem por objetivo estudar taxonomicamente os espécimes de Viridigona do acervo da CZMA - Coleção Zoológica do Maranhão. As identificações taxonômicas foram realizadas mediante o uso de chaves dicotômicas especializadas para o grupo, além de interpretações das descrições originais. Foram analisados 185 espécimes de Viridigona, distribuídos em dois grupos de espécies, duas espécies por grupo, assim distribuídas em grupo albisigna: Viridigona mapi, sp. nov., Viridigona piauiensis, sp. nov., e grupo viridis: Viridigona symmetrica, sp. nov. e Viridigona asymmetrica Naglis, 2003, descritas e ilustradas neste manuscrito. Tais resultados representam o primeiro registro de Viridigona para o Nordeste brasileiro.
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MARIA FERNANDA RIBEIRO FERREIRA
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PADRÕES DE DIVERSIDADE DE LARVAS DE ODONATA (INSECTA) EM RIACHOS DA SAVANA TROPICAL
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Data: 27/02/2023
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Os ecossistemas aquáticos de água doce podem ser influenciados em diferentes escalas por atividades antrópicas. Na última década o Cerrado tem perdido expressiva área de vegetação devido ao uso do solo para a pecuária, monoculturas de soja e a urbanização, resultando na diminuição de recursos alóctones para os ecossistemas aquáticos e perda da diversidade local. Nesse contexto, o objetivo geral da dissertação foi verificar como as atividades antrópicas nos riachos do Cerrado têm influenciado na diversidade de larvas de Odonata e como é estruturada a ocorrência desses indivíduos nos diferentes habitats desses riachos. A dissertação foi composta em duas seções. Na primeira, nós avaliamos se diversidade de larvas de Odonata em riachos antropizados do Cerrado é principalmente em função das modificações dos habitats locais ou do uso antrópico na área de drenagem dos riachos. Após analisar dados de 40 riachos distribuídos entre as bacias do Itapecuru e Parnaíba, os quais estão inseridos em uma paisagem caracterizada pela presença de formação florestal, mosaico de usos e urbanização, nossos resultados mostraram que a diversidade alfa foi maior para a bacia do Itapecuru a qual apresenta maior proporção de urbanização. Houve baixa dissimilaridade média da diversidade beta entre as bacias, no entanto a composição foi diferente e, o componente de substituição da diversidade beta foi o predominante entre as bacias. As características do habitat local foram os principais preditores dos padrões de diversidade de larvas de Odonata entre as bacias e, ressaltamos que para manter a diversidade desses indivíduos a cobertura de dossel dos riachos, mesmo que fragmentada, deve ser considerado na elaboração de políticas de conservação dos ambientes aquáticos. Na segunda sessão, nós avaliamos a importância dos habitats de riachos antropizados no Cerrado na ocorrência de larvas de Odonata. Nós coletamos indivíduos de larvas de Odonata em 46 riachos entre as bacias Itapecuru e Parnaíba, em quatro tipos de substratos (folhas, raiz, macrófita e areia) e dois tipos de fluxo (remanso e corredeira). Os resultados mostraram que a abundância e riqueza foram maiores no fluxo remanso, substrato macrófita e mesohabitat remanso macrófita, a composição também foi diferente entre os fluxos, substratos e mesohabitats. Além disso, encontramos associações isoladas e coerentes entre os fluxos, substratos e mesohabitats. Portanto, os resultados encontrados nesse estudo são consistentes com a ideia de que a diversidade de Odonata é mantida em riachos antropizadas no Cerrado devida a interação entre habitat disponibilizados pela paisagem.
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NARUNA ARITANA COSTA MELO
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AVALIAÇÃO DOS FATORES DE RISCO CARDIOMETABÓLICO E SUA ASSOCIAÇÃO COM O POLIMORFISMO DO GENE NOS3 EM PACIENTES RENAIS CRÔNICOS
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Data: 04/05/2023
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A doença renal crônica é caracterizada pela perda gradativa da função renal, com relevante impacto para a saúde pública por estar associada a carga de fatores de risco cardiovascular e à mortalidade prematura. Por ser uma doença multifatorial, variantes genéticas podem estar envolvidas em sua patogênese e nesse contexto, existe um interesse em examinar a associação entre o polimorfismo Glu298Asp dentro da enzima óxido nítrico-sintase endotelial (eNOS) do gene NOS3 e a presença de problemas cardiometabólicos em pacientes renais. Dessa forma, o estudo teve por objetivo avaliar os fatores de risco cardiometabólico, bem como perfil bioquímico, parâmetros antropométricos e sua associação com o polimorfismo do gene NOS3 em pacientes renais crônicos. Trata-se de um estudo transversal, realizado com 95 pacientes acompanhados em um centro de prevenção de Doença Renal e universitários. Foram avaliados dados sociodemográficos, antropométricos, bioquímicos e hemodinâmicos. Para determinação da frequência do polimorfismo Glu298Asp, foi realizado a extração do DNA a partir de sangue total, seguido de amplificação através da Reação em Cadeia da Polimerase (PCR) com primers específicos e submetidos à reação de sequenciamento de DNA. Para a análise estatística foi utilizado o software SPPS® versão 25.0, sendo aplicado os testes t de Student e ANOVA One Way para comparação entre os grupos. A curva ROC avaliou os melhores preditores não invasivos da síndrome metabólica (SM). Os resultados no que se refere a epidemiologia foram considerados significativos quando p<0,05. Houve prevalência do sexo feminino (p<0,001) e alterações na glicemia, frações lipídicas, pressão arterial, índice de massa corporal (IMC), gordura corporal (%), circunferência da cintura e risco para SM no grupo renal. Os melhores preditores não invasivos de SM foram a relação cintura-estatura (AUCROC=0,85), IMC (AUCROC=0,80) e percentual de gordura corporal (AUCROC=0,80). E na análise polimórfica, 65 indivíduos foram considerados homozigotos normais, um indivíduo homozigoto mutado e 28 considerados heterozigotos. A presença do risco para síndrome metabólica demonstra maior risco cardiometabólico no grupo renal. Foi evidenciado a presença de um único indivíduo com o polimorfismo Glu298Asp, entretanto não foi possível associar sua presença com o risco cardiometabólico. E quanto aos melhores preditores não invasivos de SM foram destacados a relação cintura-estatura, índice de massa corporal e percentual de gordura corporal.
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NATÁLIA FRANCISCA DA SILVA SOUZA
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AVES DO PIAUÍ: DIVERSIDADE, CONSERVAÇÃO E LACUNAS DE CONHECIMENTO
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Data: 29/03/2023
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Atualmente no Brasil são conhecidas 1.971 espécies de aves, divididas em 33 ordens, 102 famílias, 85 subfamílias e 732 gêneros. Nesse sentido, o processo de levantamentos e compilações é indispensável para o avanço do conhecimento da diversidade local, contribuindo para o conhecimento e conservação da avifauna. O estado do Piauí, localizado na região Nordeste do Brasil, sua avifauna atualmente é conhecida pelos diversos trabalhos publicados, sendo estes em diferentes localidades do estado, ou seja, todo conhecimento encontra-se ainda disperso em várias publicações. Neste estudo compilamos a lista das espécies da avifauna com ocorrência no estado do Piauí. Para o levantamento de dados, foram realizadas durante o período de Abril/2021 a Abril/2022, consultas a artigos científicos, livros digitais e impressos, bases de dados do Wikiaves, revistas digitais, repositório de instituições e depósitos em museus por meio do site e acesso aos e-mails dos curadores de suas respectivas coleções. Todos os materiais consultados que possuíam listas, registro(s) de espécie(s) ou gênero foram incorporados ao banco de dados distintos (documentos e registros de espécie). Para validação destes registros, foram excluídos trabalhos fundamentados em entrevistas e recebimento de animais por CETAS. Neste estudo foram compilados 29.109 registros de ocorrência de aves coletadas ou observadas no estado do Piauí, gerando uma lista com 551 espécies de aves, distribuídas em 29 ordens e 80 famílias. As espécies com maior número de registros foram Cyanocorax cyanopogon (N = 288), Paroaria dominicana (N = 279) e Coryphospingus pileatus (N = 253). Dos 224 municípios do estado, 166 possuem no mínimo um registro de ocorrência de espécie, sendo Parnaíba (N=1.031) e Uruçuí (N=725) os dois municípios com maior número de registros. Os resultados deste estudo representam a primeira lista de aves ocorrentes no estado do Piauí, constituindo uma base sólida para futuras pesquisas e para a compreensão dos padrões de distribuição e dispersão das aves do estado. Além disso, preenche uma lacuna de conhecimento sobre a diversidade de espécies de todo território do estado do Piauí.
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ROMARIO DE SOUSA OLIVEIRA
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ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL E MODELAGEM PREDITIVA DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR NO MARANHÃO, BRASIL: IMPLICAÇÕES PARA AÇÕES DE SAÚDE PÚBLICA
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Data: 28/02/2023
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A leishmaniose tegumentar (LT), doença parasitária que acomete tegumento e/ou mucosas, se caracteriza como um importante problema de saúde pública em diversas regiões tropicais do mundo. Nas Américas, o Brasil possui a maior ocorrência da doença, especialmente nas regiões norte e nordeste. No maranhão, a dinâmica de distribuição da doença e sua associação com vulnerabilidade social não é bem compreendida. Além disso, o impacto da recente pandemia da COVID-19 nos registros de casos novos da LT ainda não foi bem mensurado. Este estudo analisou a dinâmica espaço-temporal, a influência dos fatores de vulnerabilidade social e o impacto da pandemia de COVID-19 na ocorrência da LT no Maranhão, além de desenvolver um modelo matemático para simular e prever a tendência da incidência nos próximos anos. Para análise geoestatística, foram considerados os casos confirmados do período de 2007 a 2020 obtidos do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foi realizado suavização empírica dos dados através do método bayesiano. A autocorrelação espacial e estatística de varredura foram utilizados para determinação dos conglomerados espaciais e espaço-temporais, além de sua correlação com os indicadores de vulnerabilidade social (IVS). Para avaliar o possível impacto da COVID-19 nos registros de LT, foi aplicada a métrica P-score. Para isso, foram utilizadas informações da incidência mensal da doença no período de janeiro de 2015 a dezembro de 2020. Foi desenvolvido um modelo de previsão baseado na média móvel integrada autorregressiva sazonal, através da abordagem Box-Jenkins, seguindo as fases de pré-tratamento da amostra, identificação/estimação, diagnóstico e previsão dos casos para o período de janeiro de 2007 a dezembro de 2020, com previsão até dezembro de 2025. No período de 2007 a 2020, foram confirmados 26.159 casos de LT, com conglomerados espaciais predominando no oeste maranhense, com discreta expansão para o leste. Todos os domínios do IVS apresentaram correlação positiva com a taxa de incidência de LT suavizada. A análise espaço-temporal identificou um cluster mais provável (primário) e três clusters secundários para alta incidência da doença. No ano de 2020, início da pandemia no Brasil, eram esperados 1.346 casos de LT, no entanto somente 1.158 foram notificados, representando uma queda de 13,94%. A regional de saúde de São Luís apresentou as maiores quedas de possíveis novos registros da doença (-69, 63%). O modelo SARIMA (1,0,2)x(0,1,1)12 apresentou melhor ajuste, portanto, foi o escolhido para realizar uma previsão para o período de janeiro de 2021 a dezembro de 2025, onde a LT apresentou tendência decrescente. Os achados desse estudo sugere que a existência de conglomerados espaciais e espaço-temporais em áreas de grande vulnerabilidade social. Além disso, as subnotificações parecem ter se potencializado com a pandemia de COVID-19. Nesse sentido, é crítico e urgente a otimização de estratégias de prevenção e controle da doença no Maranhão, com priorização de recursos nas áreas de maior necessidade.
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ROSEANE CÁSSIA GALENO OLIVEIRA
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DIVERSIDADE MOLECULAR DE Astyanax bimaculatus (LINNAEUS 1758), EM BACIAS HIDROGRÁFICAS DO ESTADO DO MARANHÃO, NORDESTE DO BRASIL
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Data: 24/02/2023
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Astyanax bimaculatus são pequenos caracídeos, conhecidos popularmente como piabas, tetras ou lambaris, formam um complexo de espécies que engloba 18 táxons, caracterizados por uma mancha escura acima da linha lateral e outra preta alongada no pedúnculo caudal. A técnica DNA barcode permite a identificação de táxons, auxiliando metodologias tradicionais, possibilitando uma maior compreensão da ictiofauna. Dessa forma, a presente pesquisa teve como objetivo identificar molecularmente via DNA barcode A. bimaculatus encontrados em bacias hidrográficas maranhenses, determinando os índices de diversidade molecular utilizando o gene mitocondrial COI. Os espécimes utilizados foram coletados, fotografados, identificados e retirados fragmentos de tecido muscular, para ser utilizado na extração de DNA, em seguida foi realizada a amplificação do gene COI via PCR e sequenciamento. As sequências obtidas foram analisadas nos softwares: BioEdit, Mega X, DnaSP, NETWORK, BAPS, Arlequim, jModelTest2, BEAST, FigTree, RaxML e Inkscape. Para a delimitação das Unidades Taxonômicas Operacionais (OTU’s), foram utilizados os modelos ABGD, ASAP, GMYC e bPTP. As sequências foram plotadas na plataforma BOLDSystems para confirmar a identificação morfológica. Adicionou-se ao banco de dados 50 sequências de A. bimaculatus disponíveis no Genbank dos Rios Parnaíba, Amazonas, Paraguai, São Francisco, Tocantins e Paraíba do Sul para comparar com as 50 sequências das bacias hidrográficas localizadas no Estado do Maranhão (Pericumã, Itapecuru, Mearim e Parnaíba). Foram analisadas 100 sequências com um fragmento de 636 pares de bases (pb), com 515 sítios conservados e 121 sítios variáveis e 32 haplótipos, com diversidade haplotípica de h= 0,9289 e nucleotídica de π =0,0523. A rede haplotípica gerou seis haplogrupos com divergência genética intrapopulacional variando de 0 a 2% separando as populações dos Rios Pericumã, Itapecuru e Mearim das demais bacias analisadas, corroborando com a árvore de Inferência Bayesiana (IB) que as agrupou em um único clado e com os grupos gerados no BAPS que tiveram a mesma constituição genética. Em todos os modelos de delimitação empregados houve a formação de uma única OTU que agrupou as três populações maranhenses. A AMOVA – Análise Molecular de Variância indicou que a maior variação ocorreu entre os grupos, com altos valores de Fst = 0,911 para a análise que considerou todas as populações, Fst = 0,945 quando se considerou somente as populações coletadas em bacias do Estado do Maranhão e Fst = 0,908 para o teste que considerou os haplogrupos formados. Nossos resultados confirmam a ocorrência de uma OTU exclusiva que agrupa as populações Pericumã, Itapecuru e Mearim, não havendo compartilhamento de haplótipos com outras bacias hidrográficas brasileiras, contribuindo para o melhor entendimento da diversidade do complexo A. bimaculatus, uma vez que se evidenciou uma nova linhagem para bacias maranhenses.
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WAGNER RIBEIRO DA SILVA JUNIOR
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Samambaias e Licófitas da região geográfica imediata de São Luis, MA, Brasil.
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Data: 23/02/2023
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Licófitas e samambaias são plantas traqueófitas sem sementes, que se reproduzem através de esporos e dependem de ambientes úmidos para a fecundação. Possuem diversos substratos, ao qual as mais comuns são as terrestres, epífitas e rupícolas. O Maranhão apresenta grande variedade de hábitats ideais para o desenvolvimento desses vegetais principalmente devido ao seu aspecto ecotonal, porém poucos são os estudos a respeito desse grupo. O Maranhão é dividido em cinco Regiões Geográficas Intermediárias e 22 Regiões Geográficas imediatas, dentre elas está a Região Geográfica Imediata de São Luís, que é uma região situada na transição entre a Amazônia e o Cerrado e apresenta vasta variedade de corpos hídricos como corredeiras e cachoeiras, além de rios como o Una, Munim, Arruda e Boqueirão. O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento florístico das licófitas e samambaias na Região Geográfica Imediata de São Luís e efetuar uma análise de similaridade florística para determinar se a composição local se assemelha mais ao bioma Amazônia ou Cerrado, além de propor status de conservação preliminares para as espécies coletadas. A coleta de dados ocorreu entre abril de 2020 e setembro de 2022 em 13 municípios, com espécimes coletados e identificados segundo as técnicas usuais de coleta e literatura especializada. O material coletado foi depositado nos herbários HABIT, SLUI e SP. Para análise de similaridade utilizou-se dados de levantamentos florísticos realizados no Maranhão, Pará e Paraná em conjunto com o índice de similaridade de Jaccard e uma análise de agrupamento pelo método de associação média (UPGMA) com suporte interno calculado através de 5000 simulações de bootstrap por meio do software Paleontological Statistics – PAST. Foram identificadas 63 espécies, sendo 60 de samambaias, em 18 famílias e 37 gêneros e três espécies de licófitas, em dois gêneros da mesma família. Desse total, dez espécies (15,9%) são novas ocorrências para o estado do Maranhão, das quais três também são reportadas pela primeira vez para a região Nordeste do Brasil. A família mais representativa foi Pteridaceae (17 espécies), seguida por Polypodiaceae (nove espécies). Os principais substratos observados foram os terrícolas, com 34 espécies (54%), epífita com 15 espécies (23,8%), aquática com quatro espécies (6,3%), rupícola com três espécies (4,7%) e hemiepífita com duas espécies (3,1%). Cinco espécies (8,1%) apresentaram mais de um substrato. Utilizando os dados de ocorrência dessas espécies e comparando com estudos realizados em áreas de Amazônia, Cerrado e transições no Maranhão e outras áreas do Brasil, efetuou-se a análise de similaridade florística, que apontou maior afinidade da área de estudo com espécies de ocorrência amazônica. Posteriormente, realizou-se a avaliação preliminar do grau de ameaça dessas espécies, concluindo-se que 50,8% (32 spp.) foram classificadas como vulneráveis, 31,8% (20 spp.) foram classificadas como em perigo e 17,4% (11 spp.) foram classificadas como quase ameaçadas. Esse estudo ampliou o conhecimento sobre a distribuição geográfica das espécies de samambaias e licófitas no Maranhão para a região Central do Norte do Maranhão, até então sem nenhuma amostragem significativa, além de ter sido o primeiro estudo sobre similaridade florística com ênfase em samambaias e licófitas do Maranhão.
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WENDERSON COSTA DA SILVA
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TRIAGEM FITOQUÍMICA E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA IN VITRO DE EXTRATOS VEGETAIS CONTRA BACTÉRIAS DE RELEVÂNCIA CLÍNICA
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Data: 23/03/2023
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O controle contra microrganismos infeciosos multirresistentes às vezes é ineficaz mesmo com a descoberta de novos antibióticos, em função dos inúmeros mecanismos de resistência que eles apresentam. Diversos extratos vegetais de plantas medicinais de uso popular possuem efeitos antimicrobianos, representando dessa forma, uma alternativa terapêutica para doenças infeciosas. O objetivo deste trabalho foi investigar o potencial antibacteriano de extratos e frações preparadas a partir da casca do caule e das folhas de Caryocar brasiliense Cambess, Astronium urundeuva, e Copernicia prunifera utilizando ensaios in vitro. Foram realizadas análises de triagem fitoquímica pelo método de precipitação e coloração em tubos de ensaio e atividade antibacteriana frente a bactérias padronizadas de Klebsiella pneumoniae (ATCC13883), Escherichia coli, (ATCC 25922), Pseudomonas aeruginosa (ATCC 27853) e Staphylococcus aureus (ATCC 25923), pelo método disco-difusão e pelo método de microdiluição em caldo em placas de 96 poços. Os resultados da triagem fitoquímica de C. brasiliense Cambess, A. urundeuva e C. prunifera mostram a presença de diversos constituintes bioativos com potencial antimicrobiano, como flavonoides, esteroides livres, triterpenóides pentacíclicos livres, saponinas e alcaloides. Além disso, foram identificados taninos hidrolisáveis e condensados em A. urundeuva e taninos condensados em C. prunifera. Com relação a atividade antibacteriana, os extratos brutos e frações de C. brasiliense Cambess apresentaram efeito inibitório contra S. aureus, K. pneumomiae e P. aeruginosa com halos de inibição que variou de 7,5±1,40 a 18,3±6,06 mm, sendo S. aureus mais sensível aos testes de difusão em disco. Pela microdiluição em caldo os extratos foram mais efetivos contra K. pnuemoniae (Concentração Inibitória Mínima (CIM) = 125-1000 μg/mL) seguido de S. aureus (CIM = 250-1000 μg/mL). Os extratos foram inativos contra E. coli. Para. A. urundeuva, os resultados mostram que a cepa de S. aureus foi a mais sensível aos testes pelo método de difusão em disco, com zonas de inibição variando de 8.33 ±0.58 a 12,33±0,58 mm; seguido de K. pneumoniae (7.33±1.15 a 11.33±0.58), sendo a E. coli e P. aeruginosa mais resistentes aos testes. Houve maior atividade inibitória pelo método de microdiluição em caldo, sendo S. aureus mais sensível aos testes (125-1000 μg/mL), seguido de K. pneumoniae (250-1000 μg/mL). E por fim, para C. prunifera, os extratos etanólico e frações da casca do caule e folhas tiveram atividade inibitória contra S. aureus e K. pneumonie com zona de inibição que variou de 7,0±1,73 a 9,33±0,58 mm pelo método de difusão em disco. Pelo método de microdiluição em caldo os extratos foram satisfatórios somente contra K. pneumoniae (CIM = 125 a 1000 μg/mL) S. aureus, P. aeruginosa e E. coli se mostraram resistentes aos testes (CIM > 1000 μg/mL). Com base nos resultados, os extratos de C. brasiliense Cambess, A. urundeuva e C. prunifera podem vir a ser agentes alternativos para o controle de infecções associadas a essas bactérias, após estudos de toxicidade e testes in vivo.
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ZENÓHBIA VERÔNICA SANTOS RIBEIRO
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SUSCETIBILIDADE DE Aedes aegypti (LINNAEUS, 1762) AO ESPINOSADE E SUA ATIVIDADE LARVICIDA NO MUNICÍPIO DE CAXIAS-MA
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Data: 13/04/2023
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O espinosade é um dos larvicidas utilizados no controle de mosquitos vetores. Desta forma, este trabalho objetivou avaliar a suscetibilidade do Aedes aegypti ao espinosade e sua atividade larvicida em populações em Caxias-MA. Verificou-se que os tanques desprotegidos apresentaram 100% de mortalidade até o 21º dia, enquanto nos tanques protegidos a efetividade do larvicida manteve-se 100% durante 77 dias de experimento. O efeito do biolarvicida na eclosão das larvas expostas à concentração 10% mostrou uma mortalidade de 43,2% em 48 horas. Na concentração de 50% observou-se mortalidade em 24 horas, com 64%, em 48 horas, 99,2%, e com 72 horas, 100%. Na concentração de 100%, nas 24 horas, houve uma mortalidade de 79,2%, com 100% em 48h. Para os testes com atividade ovicida, observou-se 100% na inibição da eclosão dos ovos nas primeiras 24h. Nos bioensaios quantitativos observou-se maior toxicidade na avaliação de 72h, com menores valores de CL50 e CL90 com 0.016 mg/L e 0.045 mg/L, respectivamente. Verificou-se também menores valores de CL50 com 0.050 mg/L e 0.021 mg/L quando comparado com A. aegypti da cepa Rockefeller com CL50 0.123 mg/L e 0.089 mg/L em 24 e 48 horas, respectivamente. Quando analisado o nível de suscetibilidade, observou-se mortalidade de 100% em 24h de exposição à concentração diagnóstica (0,904 mg/L), demostrando alto nível de suscetibilidade do vetor ao produto biológico. O nível de resistência da população de A. aegypti ao biolarvicida foi considerada suscetível, pois apresentaram valores menores que 5 com 0,4 e 0,2 em 24 e 48 horas, respectivamente.
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